CARAVANA DA ANISTIA JULGA PROCESSOS DE OPERÁRIOS QUE PARTICIPARAM DA GREVE DO PÓLO EM 1985

54 ª Caravana da Anistia (Foto: CFF/Marcelo Franco)
Já se passaram 27 anos desde a histórica greve no Pólo Petroquímico de Camaçari, em 1985, que mais de 200 operários demitidos por justa causa naquela ocasião aguardam por justiça. Finalmente, ela começa a ser feita com o julgamento de 121 processos durante a passagem da 54 ª Caravana da Anistia pela cidade de Camaçari, realizada nessa quarta-feira (29).A solenidade de abertura contou com a participação de autoridades e diversas personalidades do mundo político e sindical. O prefeito Luiz Caetano (PT) fez o discurso de abertura dando boas vindas aos presentes na platéia e aos componentes da mesa. Para Caetano, ser anfitrião da Caravana da Anistia é motivo de orgulho e também de homenagem àqueles que foram expulsos do país e aos que deram suas vidas no combate à ditadura militar: “Para cada um que morria, muitos outros companheiros nasciam e hoje somos a semente dessa luta”, declarou.
Participaram o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão Junior, os secretários estaduais de Relações Institucionais, Rui Costa – que representou o governador Jaques Wagner -, e do Planejamento, Zezéu Ribeiro, a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, o presidente do Grupo Tortura Nunca Mais na Bahia, Joviniano Neto, o representante do Memorial Pró-Marighella Vive, Carlos Augusto Marighela e o diretor do Sindicato dos Químicos e Petroquímicos (Sindiquímica), José Pinheiro, dentre outros.