
O ministério registra ainda que o plano entrou em
vigor em um momento “quando há 35 anos não se registravam taxas tão reduzidas
de inflação”. Além de baixar a inflação, o plano tinha como objetivo enunciado
promover o desenvolvimento econômico. A inflação elevada durante a vigência do
cruzeiro real, moeda vigente até então, motivava a necessidade
de reajuste quadrimestral de salários, com base na inflação do período. Em
alguns quadrimestres, os salários reajustados chegavam a dobrar seu valor
nominal.
O plano ainda trocou o cruzeiro real pelo real.
Antes, houve um período de transição com a atualização monetária por meio da Unidade
Real de Valor (URV), que convertia os valores ainda cobrados em cruzeiro real. Com a estabilização da inflação, o Brasil adotou,
em 1999, o regime de metas da inflação, que estabelece percentuais mínimo e
máximo para a variação de preços. Em 2005, o Banco Central (BC) definiu a meta
de 4,5% para a inflação anual até 2014. Em 2005, o resultado apurado ao final do ano foi
5,69%. Em 2006, caiu para 3,14%; em 2007 para 4,46%; em 2008 subiu para 5,9%;
em 2009 caiu para 4,31%; em 2010 se elevou a 5,91%; e, em 2011, atingiu o teto
da meta, 6,5%.
Para 2012, levando em conta projeções do mercado
financeiro, o BC elevou em 0,3 ponto percentual, no último dia 28, a projeção
para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), estipulando a previsão em 4,7%. O cenário foi desenhado com base em uma
taxa de câmbio de R$ 2 e na meta da taxa básica de juros, a Selic, de 8,5% no
ano. Fonte CB
