O volume
de dados trafegando nas redes dobra a cada 18 meses. O que fazer para suprir
essa necessidade?
Se a velocidade das transmissões
de dados via internet nos afeta (positiva ou negativamente) de forma direta, o
tráfego de dados via redes Ethernet pode causar impacto indireto no nosso dia a
dia; entenda como. A velocidade das redes de dados Ethernet é algo que causa
certa preocupação nos especialistas. Recentemente, o IEEE (Instituto de
Engenheiros Elétricos e Eletrônicos) anunciou que está desenvolvendo o novo
padrão de transmissão de dados em redes Ethernet, que deverá ficar na faixa de
400 gigabits a 1 terabit por segundo. Para comparar, isso seria suficiente para
transferir o conteúdo de dois discos de Blu-ray e meio em apenas um segundo. Um
laptop comum geralmente atinge velocidades máximas de apenas 100 megabits por
segundo. Se todo o sistema estiver bem configurado e com equipamentos de última
geração, talvez seja possível que ele alcance até 1 gigabit por segundo — isso
assumindo que o notebook em questão tenha uma porta Ethernet para que
seja possível uma conexão cabeada. Os MacBooks Air são exemplos de máquinas que
não possuem mais conexões Ethernet físicas, e essa tendência tende a aumentar
conforme mais computadores seguem esse padrão.
Por que devemos nos importar com
conexões Ethernet se a internet é que está lenta?
A verdade é que a maioria das
pessoas não sabe ou não se importa com as taxas de transferência de suas
conexões Ethernet. Isso acontece porque o principal gargalo hoje em dia para a
maioria dos usuários é a velocidade da conexão com a internet, e não a da rede
interna de dados. Mas isso não significa que a velocidade da Ethernet não seja
importante para usuários comuns. As empresas que ficam do outro lado da conexão
— Facebook, Google, empresas de telecomunicações, bancos e instituições
financeiras — estão tendo um aumento absurdo no tráfego de dados de suas redes.
E se elas não puderem se expandir economicamente ou até mesmo adicionar novos
recursos em seus sistemas, a internet como um todo pode sair perdendo,
diminuindo o seu apelo e freando o desenvolvimento como um todo. Isso pode
fazer com que ela se torne menos interessante e, o pior de tudo, muito mais
cara. O IEEE desenvolveu diversos estudos a respeito disso nos últimos tempos
e publicou um trabalho em julho deste ano,
concluindo que o fluxo de dados transferidos dentro de alguns locais dobra de
volume a cada 18 meses. Tendo essas informações em mãos, o instituto reuniu um
novo grupo de estudos para tentar satisfazer essa necessidade por banda.