CONFIRA A LISTA DE MINISTROS QUE DEIXARAM O GOVERNO DILMA ROUSSEFF
No governo Dilma, um ministro cai a cada 51 dias. Orlando Silva é o sexto ministro a cair durante a gestão do governo Dilma Rousseff desde o início do ano. Além de Silva, saíram após denúncias publicadas na revista Veja, os ministros Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Antônio Palocci (Casa Civil). Nelson Jobim (Defesa) deixou o governo após desavenças com a presidente da república.
1º MINISTRO - O Ministro Antônio Palocci pede afastamento do cargo, Palocci é o primeiro a sair do cargo no governo Dilma Rousseff. Segundo jornal, ele teve patrimônio aumentado 20 vezes em 4 anos. O ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, deixou o cargo nesta terça- feira (6), quase um mês após a publicação de uma reportagem pelo jornal “Folha de São Paulo” segundo a qual ele teve o patrimônio aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010, período em que exerceu mandato de deputado federal e coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff. O Palácio do Planalto confirmou que a substituta será a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. A saída de Palocci foi comunicada por meio de uma nota divulgada pela Casa Civil. O ministro, que ficou pouco mais de seis meses no cargo, é o primeiro a deixar o ministério no governo da presidente Dilma Rousseff.
2º MINISTRO - O ministro Alfredo Nascimento (Transportes) não resistiu às acusações de superfaturamento de obras e recebimento de propina envolvendo servidores e órgãos ligados à pasta e pediu demissão do cargo nesta quarta-feira. A crise se intensificou com a acusação de que seu filho, Gustavo Morais Pereira, teria aumentado seu patrimônio de forma ilícita. As suspeitas de corrupção no Ministério dos Transportes começaram após reportagem da revista "Veja" afirmando haver participação da cúpula do ministério em irregularidades. O caso ganhou repercussão e a presidente Dilma pediu que o CGU (Controladoria-Geral da União) investigasse as acusações. A situação de Nascimento ficou insustentável após o jornal "O Globo" revelar, nesta quarta-feira (6), que o patrimônio de seu filho teve um aumento de 86.500% em cinco anos. As suspeitas sobre a Forma Construções --empresa de Pereira--começaram por causa de um repasse de R$ 450 mil da Socorro Carvalho Transportes, que presta serviços ao Ministério dos Transportes, para a Forma.
3º MINISTRO - Nelson Jobim é o terceiro ministro a deixar o governo Dilma Roussseff
Jobim perdeu o cargo depois de dar declarações polêmicas sobre colegas de ministérios. Vai ser substituído por ex-chanceler Celso Amorim. A notícia que entrou pela noite em Brasília foi a troca no Ministério da Defesa. Nelson Jobim deixou o governo depois de criticar publicamente outros ministros e será substituído por Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores no governo Lula. É a terceira vez em dois meses que a presidente Dilma Rousseff teve de fazer mudanças. Antes dele, foram Antônio Palocci, da Casa Civil; e Alfredo Nascimento, dos Transportes. Nelson Jobim já tinha escapado de uma demissão na última terça-feira (2), quando se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para explicar a entrevista em que declarou que votara em José Serra nas últimas eleições. Jobim estava no Ministério da Defesa desde 2007, no governo Lula. Foi mantido no cargo pela presidente Dilma.
4º MINISTRO – Wagner Rossi é o quarto ministro a deixar o governo Dilma em oito meses. A relação do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, com o lobista Júlio Fróes – que teria atuado durante meses dentro do ministério – será investigada pela Polícia Federal. Um inquérito foi aberto na segunda-feira, 15, e o ex-presidente da Comissão de Licitação do ministério Israel Batista já prestou depoimento. Dentre as denuncias que surgiram na imprensa contra o ministério, estão o uso eleitoral da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e suposto tráfico de influência. Além disso, o jornal Correio Braziliense denunciou que Rossi teria utilizado um avião de uma empresa que depende de autorizações do Ministério da Agricultura para vender seus produtos. A Ourofino Agronegócio trabalha com agrotóxicos, sementes e saúde animal e colocou à disposição do ministro e de seu filho Baleia Rossi (PMDB-SP), deputado estadual, um avião Embraer Phenon 100 avaliado em US$ 7 milhões.
5º MINISTRO - Crise no Turismo Pedro Novais (PMDB) entregou o cargo de ministro do Turismo no dia 14 de setembro, depois de sua situação política ter se deteriorado por suspeitas de que ele teria usado recursos públicos para o pagamento de uma governanta e de um motorista para a família. A denúncia não foi a primeira e tornou a permanência de Novais insustentável, apesar do apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele foi o quinto ministro a deixar o posto no governo Dilma Rousseff. A crise começou com a deflagração da Operação Voucher, da Polícia Federal (PF), que prendeu, no início de agosto, 36 suspeitos de envolvimento no desvio de recursos de um convênio firmado entre a pasta e uma ONG sediada no Amapá. Entre os presos estavam o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e um ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Dias depois, o jornal Correio Braziliense publicou reportagem que afirmava que Novais teria sido alertado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as irregularidades do ministério 47 dias antes da operação da PF, sem tomar qualquer medida. Novais negou que tivesse recebido o aviso.
6º MINISTRO - Brasília - Às vésperas de completar um ano de sua eleição ao Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff demitiu o sexto ministro em apenas dez meses de governo. Alvejado por acusações de desvio de dinheiro para abastecer o caixa do PCdoB, o titular do Esporte, Orlando Silva, entregou o cargo na noite de ontem, um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciar a abertura de inquérito para investigar denúncias de seu envolvimento em crimes contra a administração. Alvo de denúncias de desvio de dinheiro público Ministério paralisado
Silva deixa o cargo em meio a denúncias de envolvimento em desvios de verbas destinadas a ONGs em sua pasta, e que vinham se arrastando há duas semanas. Ele é o sexto ministro a deixar o governo da presidente Dilma Rousseff desde junho. De acordo com José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), a indefinição gerada pelas acusações a Silva vinha paralisando parte dos trabalhos no Ministério do Esporte. "O mais importante era ter algo definitivo: ou que o ministro ficasse com força, ou que saísse", afirma Bernasconi. "Se o ministro tem que passar seu tempo dando explicações, ele não consegue cuidar das questões de fato importante de sua pasta." Isso foi explicitado nesta terça-feira, quando Silva passou a tarde no Congresso para debater a Lei Geral da Copa. A maior parte do tempo da audiência pública foi dedicada a defesas ou ataques à permanência do ministro, que apresentou sua carta de demissão na noite desta quarta-feira.
Silva deixa o cargo em meio a denúncias de envolvimento em desvios de verbas destinadas a ONGs em sua pasta, e que vinham se arrastando há duas semanas. Ele é o sexto ministro a deixar o governo da presidente Dilma Rousseff desde junho. De acordo com José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), a indefinição gerada pelas acusações a Silva vinha paralisando parte dos trabalhos no Ministério do Esporte. "O mais importante era ter algo definitivo: ou que o ministro ficasse com força, ou que saísse", afirma Bernasconi. "Se o ministro tem que passar seu tempo dando explicações, ele não consegue cuidar das questões de fato importante de sua pasta." Isso foi explicitado nesta terça-feira, quando Silva passou a tarde no Congresso para debater a Lei Geral da Copa. A maior parte do tempo da audiência pública foi dedicada a defesas ou ataques à permanência do ministro, que apresentou sua carta de demissão na noite desta quarta-feira.
