Canela, gengibre
e pimenta são alimentos milagrosos contra a gordura abdominal
Se existe algo que toda mulher abomina, é a gordura localizada.
Quando engordamos um pouquinho e acumulamos gordura no bumbum, coxa ou culote,
muitas vezes nem dá para notar. Mas os pneuzinhos não perdoam, e basta aparecer uma leve
protuberância na região do abdome para que mais nenhuma blusinha caia bem e
para que a calça jeans teime em apertar. Exageradas? Pode até ser. Mas acontece
que os riscos da gordura abdominal não estão restritos apenas à questão
estética. Esse tipo de acúmulo é mais nocivo ao corpo do que qualquer outro
tipo de gordura localizada, pois está associado a problemas como doenças
cardiovasculares, diabetes, colesterol alto e trombose, entre outros.
Segundo a Dra. Sara Bragança, especializada em
emagrecimento através da terapia ortomolecular e criadora da dieta que fez Bruno Gagliasso perder 17 quilos em
quatro meses, a gordura abdominal é, até certo ponto, benéfica para
o corpo. “O organismo cria gordura nessa área do corpo justamente para proteger
os órgãos internos contra traumas”, explica. O problema é quando essa
quantidade de gordura aumenta. Felizmente, existem alguns truques que ajudam a
amenizá-la. A médica dos famosos conta quais são esses segredinhos abaixo.
O segredo: alimentos termogênicos. - Canela,
gengibre, pimenta, salmão, chá verde... todos são alimentos termogênicos, que
são capazes de acelerar o metabolismo das gorduras e eliminá-las mais
rapidamente. “Eles oferecem uma ajuda expressiva na eliminação da gordura
abdominal. Se você utilizar, por exemplo, a canela como adoçante, vai perceber
uma grande diferença”, sugere a especialista. Outra recomendação é salpicar
gengibre ralado por cima de saladas e alimentos, ou misturar com sucos.
Invista em alimentos fibrosos. - Chia,
granola, semente de linhaça e todos os outros alimentos ricos em fibra são
comprovadamente eficazes para a perda de centímetros na circunferência
abdominal. “Eles funcionam como se fossem uma esponja no organismo, absorvendo
gordura e carboidrato e eliminando através das fezes e da urina. Fazem uma
espécie de faxina no corpo do que não é bom”, descreve Dra. Sara.
Evite alimentos gordurosos. - Para
combater o acúmulo de gordura, nada melhor do que controlar a ingestão deste
componente. Leites e derivados “gordos” e glúten são vilões neste caso. Comer
carboidrato à noite também não é uma boa ideia. “O carboidrato é uma fonte de
energia, então temos que ingerir quando o corpo for, de fato, utilizar. Se
comemos à noite, o organismo não usa e acaba acumulando, principalmente no abdome”,
esclarece Dra. Sara.
Faça atividades aeróbicas. - Não
tem jeito: quem quer perder gordura localizada precisa praticar exercícios
físicos. “As pessoas ainda têm na cabeça que, para perder barriga, é preciso
fazer abdominal, mas não é só isso. Quem quer eliminar gordura precisa fazer
exercício aeróbico, que acelera o metabolismo e facilita a queima”, explica a
especialista, que recomenda, pelo menos, 30 minutos diários de atividades como
corrida, caminhada, natação ou bicicleta.
Tratamentos estéticos. - Dra.
Sara explica que procedimentos como drenagem linfática e massagem modeladora
não são capazes de eliminar gordura sozinhos, mas podem ser grandes aliados no
processo. “A gordura precisa ser mobilizada para que seja eliminada e, para
isso, é preciso que a parte linfática esteja livre”, diz. “Já a massagem
modeladora é muito importante porque, a partir do momento em que fazemos
qualquer técnica que mexe e modifica a célula de gordura, o organismo não a
aceita mais e acaba a eliminando, e, com a mão, nós conseguimos mexer na
gordura”, completa. Ainda de acordo com ela, existe um tratamento recente neste
campo que tem apresentado excelentes resultados: o método de congelamento de
gordura. “É um aparelho externo que fica em contato com a pele durante,
aproximadamente, uma hora e que reduz a temperatura da área a cerca de -4º C.
Já foi provado que a gordura não resiste a baixas temperaturas e acaba sendo
eliminada”, destaca. O procedimento gera a perda de, aproximadamente, 30% da
área atacada em apenas uma sessão. A aplicação só pode ser feita uma vez a cada
três meses e custa, em média, R$ 3 mil.