A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, afirmou que as penas contra juízes envolvidos em corrupção "têm de mexer no bolso" deles. Segundo a corregedora, as penalidades devem incluir multas e a devolução de valores que forem obtidos pelos juízes com a venda de sentenças ou outros atos ilegais. Calmon defendeu a reformulação das punições para magistrados após o encerramento da reunião anual da Enccla (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro) nesta sexta-feira (25) em Bento Gonçalves (RS). Fazem parte da Enccla mais de 60 instituições do Executivo, Legislativo, Judiciário e da sociedade civil, entre eles o CNJ. Recentemente Calmon iniciou polêmica ao dizer que o Judiciário tem infiltração de "bandidos escondidos atrás da toga". A corregedora afirmou que é preciso atualizar a Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que regulamenta as penas contra os juízes. A lei foi elaborada em 1979 e está defasada em relação à Constituição de 1988, de acordo com Calmon. Informações da Folha/Política Livre