O indo-canadense Suneet Singh Tuli, presidente da companhia britânica Datawind, que fabrica na Índia os tablets mais baratos do mundo, disse já possuir 340 mil reservas do produto, mas ambiciona chegar a 3,5 milhões de unidades.
Tablet mais barato do mundo já tem 300 mil reservas na Índia
O Aakash, que significa céu em sânscrito, é subvencionado pela administração indiana e inicialmente destinado a estudantes universitários pelo preço de US$ 22. Mas o que Tuli tem em mente é uma revolução nas comunicações na Índia, com o produto ao preço de 2.276 rúpias (cerca de R$ 83) e a generalização do acesso à internet.
"Na Índia, o acesso ilimitado à internet custa US$ 2 ao mês, mas não estamos contentes com isso e achamos que pode ser de graça. Já fizemos isso no Reino Unido: demos acesso à internet durante a vida útil do aparelho, amortizando o custo com anúncios. O aparelho não é o único modo de obter lucro, é uma forma de chegar ao cliente" disse Tuli em entrevista à Agência Efe.
Parivartan Sharma/Reuters | ||
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Estudantes exibem o Aakash, tablet mais barato do mundo, em evento em Nova Déli |
O empresário, uma espécie de Steve Jobs indiano, explica a fórmula para baratear os custos do tablet: os componentes foram comprados prontos, e a empresa fabricou os módulos do produto. Além disso, ele diz ter aprendido com a forma de trabalhar da Apple. "As pessoas pensam que a Apple é a companhia de tecnologia mais bem-sucedida do mundo porque faz produtos 'cool', mas na realidade é porque, quando o iPhone é usado, a operadora telefônica tem que pagar uma pequena quantia para a Apple, ou por sua loja de aplicativos. O aparelho não é o único caminho para conseguir renda", diz. O Aakash ainda não possui alto-falantes e demora cinco segundos para abrir os programas, contra cerca de 1,5 segundo do iPad. Já sobre as páginas da internet, Tuli estima que os dois aparelhos terão desempenho semelhante, por causa da velocidade de conexão na Índia.