SEM SAL, PRIMEIRO BA-VI DO ANO TERMINA SEM GOLS

Do lado de fora, o reencontro de dois grandes ex-jogadores do futebol mundial e, hoje  treinadores: Toninho Cerezo e Paulo Roberto Falcão, estreante do dia. Dentro das quatro linhas, um clássico que deixou a desejar. O público compareceu, prestigiou, mas deixou Pituaçu sem motivos para festejar. Bahia e Vitória, no primeiro Ba-Vi do ano, não passaram de um amargo 0 a 0, na tarde deste domingo (12). O tricolor segue na segunda posição, agora, há cinco pontos do líder Bahia de Feira. Já o Vitória, com os resultados do Atlético de Alagoinhas e Vitória da Conquista, perdeu duas posições.
Bahia começa melhor
Surpresa antes da bola rolar. Toninho Cerezo surpreendeu e escalou o rubro-negro com quatro volantes, dando mais liberdade ao estreante Robston e ao jovem Mineiro. Do lado tricolor, a novidade ficou restrita ao novo padrão número 1, da coleção Nike. O clima não poderia ser melhor: sol forte e fim da greve da Polícia Militar. Em campo, o clássico número 425 começou a todo vapor.  O Bahia, mais ofensivo, buscava a saída pelas laterais do campo, principalmente com Gabriel no lado direito. Entretanto, os erros de passes eram muitos. Aos 8, Marquinhos aproveitou o espaço e chutou de fora. A finalização desviou no zagueiro Rafael Donato e por muito pouco não enganou Omar, que ficou só olhando a bola sair. Como em todo clássico do futebol brasileiro, um lance polêmico. Aos 14, Zé Roberto ajeitou para Morais. O meia chutou forte e bola pegou no zagueiro Gabriel. Os jogadores do Bahia reclamaram que a bola havia acertado o braço do adversário, mas Rodrigo Martins mandou seguir. Estreante como titular, Zé Roberto apareceu mais uma vez. Aos 17, o atacante puxou o contra-ataque rápido, invadiu a grande área, porém esqueceu o que fazer. Não finalizou e quando tocou, errou. O Bahia percebeu a fragilidade do lado esquerdo do Vitória, onde estava o meia Élton, improvisado como lateral, e forçou. Aos 20, Coelho recebeu bom passe de Gabriel e obrigou a primeira intervenção de Douglas. Pouco depois, o mesmo lateral cobrou o escanteio e Fahel, no primeiro pau, testou com perigo.

Vitória equilibra o jogo
A superioridade do tricolor irritava ao treinador Cerezo, que não parava de gesticular à beira do campo. A opção de Toninho Cerezo em escalar quatro volantes não encaixou. Ainda que bem eficientes no quesito marcação, o quarteto Robston, Mineiro, Uelliton e Rodrigo Mancha pecava na criação. Marquinhos e Neto Baiano sentiram na pele e foram pouco acionados. Aos 34, Marquinhos desperdiçou a melhor chance do rubro-negro. Rafael Donato saiu jogando errado e presentou Robston, que viu o camisa 11 passar livre e tocou. Marquinhos teve a chance de finalizar, mas demorou demais e perdeu a bola. O Leão cresceu. Aos
40, Marquinhos cruzou e Neto Baiano, de bicicleta, botou para fora. O primeiro tempo terminou sem gols e muito equilibrado.