A
crise no Hospital Aristides Maltez, principal referência no tratamento
contra o câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia, já chegou
aos ouvidos do governo federal. Com a negativa da quitação de um débito
superior a R$ 13 milhões pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) – o
que pode implicar no fechamento da unidade em
até 25 dias –, o titular do segmento no Estado, Jorge Solla, foi
obrigado, mais uma vez (assim como nos episódios de atrasos no pagamento
pela prefeitura de Salvador à Organização Social Irmã Dulce e aoMartagão Gesteira),
a acionar o ministro Alexandre Padilha. “Nós temos uma possibilidade
boa de aumentar o valor do convênio. Conversei hoje com o ministro e nós
já temos uma portaria aprovada que incrementa em 20% o repasse de
recursos sobre os procedimentos de média complexidade para as
filantrópicas 100% SUS. Vamos tentar incluir o Aristides Maltez na
portaria”, estimou Solla. O secretário do Estado já pediu a inclusão da
questão na pauta da reunião que discutirá os contratos tripartite
(União, Estado e Municípios) em Brasília, no próximo dia 22 de março, e
prevê que o ministério ajudará o hospital. “Tenho certeza que o ministro
terá, mais uma vez, atenção especial sobre esse caso”, pontuou.
Entretanto, como o Estado não tem convênio com o Aristides Maltez, a SMS
terá que, pelo menos, ajudar com papéis. “Só precisa que o secretário
Gilberto José libere a documentação que o Ministério da Saúde exige. É
só um ofício. Coisa simples. Uma comprovação de que o hospital atende
100% SUS.