Os 45 jovens que integram o
Tiro de Guerra de Camaçari receberam uma notícia nada agradável na manhã
desta terça-feira, 10. O chefe de instrução do órgão, comandante Sommer,
informou aos garotos que a instituição iria fechar e os dispensou.
Inconformados com a notícia, os jovens foram até a Câmara Municipal de
Camaçari e solicitaram o uso da Tribuna Cidadã para expor ao plenário e
telespectadores a situação na qual se encontram. Denunciaram ainda os
problemas de infraestrutura do órgão e pediram providencias urgentes do poder
público municipal.
Representando o grupo, Williams Gomes contou que recentemente o teto do Tiro de Guerra desabou e não foi concertado, que não há bebedouro, que a sala de armazenamento de armas está sem porta e que a funcionária que realizava o alistamento dos jovens se aposentou e não foi substituída. Vereadores apoiaram a iniciativa dos jovens em seus discursos. Em conversa com a reportagem do site Nossa Metrópole, Williams frisou que a responsabilidade de manter a infraestrutura do Tiro de Guerra é da Prefeitura de Camaçari. “É compromisso do Exército conceder armamento e fardamento. Isso tem sido cumprido. A Prefeitura Municipal precisa cumprir com sua parte”, declarou. Os jovens servem ao Tiro de Guerra sem receber qualquer remuneração por isso. O fazem por amor e desejo de aprender. “O que vai acontecer com esses 45 jovens? Vão para as praças? Não queremos praças, queremos oportunidades”, disse outro. Uma reunião para tratar do assunto acontece ainda nesta terça-feira, entre o secretário Francisco Franco e representantes do Tiro de Guerra, que tentam salvar a instituição em Camaçari. O prefeito Luiz Caetano (que é diretor do órgão) deve participar do encontro. Na quarta-feira, 11, autoridades devem visitar a unidade, localizada na Radial C. |