A denúncia contra o parlamentar foi feita em uma reportagem da revista
Veja em outubro de 2011. Bacelar empregava em seu gabinete dois parentes de um
deputado estadual da Bahia, Nelson Leal (PSL). A mãe do deputado federal,
Lígia, estava entre os servidores do gabinete de Leal na Assembleia Legislativa.
Além disso, está lotada no gabinete de Bacelar a servidora Norma Suely da
Silva, que seria laranja do parlamentar. Outra funcionária, Maria do Carmo
Nascimento seria empregada doméstica do deputado federal.
O corregedor da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE),
que investigou o caso após um pedido do PSOL, destacou que a defesa do
parlamentar silenciou sob a acusação de desvio de função de servidores e não
contestou o parentesco apontado na denúncia. Para o corregedor, há indícios de
quebra de decoro e, por isso, é necessária a apuração no Conselho de Ética.
“São suficientes os indícios de que o parlamentar agiu em desacordo com as
normas do decoro”, disse Eduardo da Fonte em seu parecer, que foi referendado
pela Mesa. ( A Tarde)