HOJE É QUINTA-FEIRA. É DIA DE APRENDER UM POUCO - DEPOIS DE UM MÊS DE FÉRIAS, ESTAMOS VOLTANDO COM ESSE QUADRO QUE FAZ MUITO SUCESSO JUNTO A POPULAÇÃO.


NÃO ERRE MAIS

Frase errada:  - Jornalzinhos ou jornaizinhos?
Frase certa:     - Jornaizinhos
Explicação:     - A formação do plural das palavras que fazem o diminutivo com os sufixos –ZINHO ou –ZITO segue a seguinte regra:
1o) Põe-se a palavra primitiva no plural: jornais, papéis, faróis, balões, cães…
2o) Acrescenta-se o sufixo, e a desinência do plural (= “s”) passa para o final da palavra: jornai + zinho + s = jornaizinhos; papei + zinho + s = papeizinhos; faroi + zinho + s = faroizinhos; balõe + zinho + s = balõezinhos; cãe + zito + s = cãezitos 

Frase errada:  - Entre eu e você ou entre mim e você?
Frase certa:     - Devemos dizer “entre MIM e você”.
Explicação:     - O pronome pessoal “EU” é do caso reto, por isso deve ser usado fundamentalmente na função do sujeito (ou predicativo do sujeito): “EU e você dissemos a verdade”; “O escolhido fui EU”; “Ela trouxe o livro para EU ler”; “Ela chegou antes de EU sair”; “Ela fez isso por EU estar cansado”.
No caso da expressão “entre MIM e você”, temos a preposição ENTRE antes e não há verbo após o pronome. Isso significa que devemos usar o pronome oblíquo “MIM” em vez do pronome reto “EU”.

Pergunta:       -  O correto é  “O cólera ou A cólera?”
Resposta:        -  É um caso polêmico. Não há uniformidade entre nossos gramáticos e professores. Alguns afirmam que cólera (doença ou raiva) é sempre um substantivo feminino; outros preferem a distinção: o cólera é doença; a cólera é raiva, ira. Eu gosto da diferença: o cólera (=doença) e a cólera (=raiva).

Pergunta:       - O correto é  “Etc. ou etc.. ou etc…?”
Resposta:       -  Quando se termina uma frase, basta escrever “etc.” (com um ponto). Não é necessário usar dois pontos (=o segundo seria o ponto final). E usar reticências (três pontos) após o etc. é redundante: ou você usa o etc. ou as reticências.

Pergunta:     - “TODA noite ou TODA A noite?”
Resposta:     -  “Toda noite” significa “qualquer noite, todas as noites”; “Toda a noite” significa “a noite inteira”.
Observe a diferença:
A) “Aqui, nesta época, toda noite chove.”
Isso quer dizer que chove em todas as noites.
B) “Ontem choveu toda a noite.”
Isso significa que choveu durante a noite inteira.

Pergunta:     - O correto é “Fulano de Tal é residente À ou NA rua xxx?”
Resposta:     - Quem reside é residente “em” algum lugar. - Diga: “Fulano de Tal é residente NA rua x.”

Pergunta:    - O correto é  “Deu à luz um filho ou deu a luz a um filho?”
Resposta     -  Toda mãe dá à luz um filho, ou seja, ela dá o filho à luz.
A mãe não dá a luz. Quem dá a luz é Deus, é a natureza.

Pergunta:    - O que é “ Dicotomia?”
Resposta      - É uma palavra de origem grega. O prefixo “di” significa “dois” e “tomo” significa “parte”. - Observe a definição do dicionário Larousse: “1. Divisão em dois; oposição entre duas coisas. 2. Divisão de um conceito em duas partes, que abrangem todo o conceito”.

Pergunta:       - O correto é  À toda prova ou a toda prova?
Resposta         - É um caso de crase impossível. - Jamais ocorre crase antes dos pronomes indefinidos por uma razão muito simples: não há artigo definido (=a) antes de pronomes indefinidos. “Tranquilidade a toda prova.”
“A certa altura, a placa caiu.” “Referiu-se a alguma velha história.”
“Fez alusão a qualquer coisa.”

Pergunta:    - O correto é  Por ou pôr?
Resposta     - POR (sem acento) é preposição: “Vou por este caminho”;
PÔR (com acento circunflexo) é verbo: “Vou pôr o livro na estante”.
Observação de leitor: “Penso que está errado o título dado à entrevista de deputado paulista: ‘Vou por São Paulo nos trilhos’. (…) Compare: Vamos pôr os pontos nos is. Gosto de pôr tempero na comida. Anda por todos os lados. Vou por aqui. Assim, ninguém não vai “por” São Paulo, mas vai (ou pelo menos pretende) PÔR São Paulo nos trilhos, o título reclama o acento. Certo?”
Certíssimo. O verbo PÔR (=colocar, botar) deve receber um acento circunflexo: “Vou pôr São Paulo nos trilhos”; “Pôr a vida em risco”; “É preciso pôr um acento no verbo”.
É importante lembrar que esse caso não foi alterado pelo novo acordo ortográfico. O acento circunflexo no verbo PÔR foi mantido para diferenciar da preposição POR.
Vale destacar também que os verbos derivados de PÔR não recebem acento gráfico: apor, compor, depor, dispor, impor, contrapor…

Pergunta:       -  Na  frase “Uma pane que deixou MUDO os telefones”,  -  existe concordância? 
Resposta     - Claro, a concordância é gritante! Por causa da mudez dos nossos telefones, há quem tenha ficado cego diante das regras de concordância: “Uma pane que deixou MUDOS os telefones”, ou seja, os telefones ficaram MUDOS por causa de uma pane.

Pergunta:       - O correto é  “Se eu SATISFIZER  ou  SATISFAZER  minha vontade
Resposta        -  O verbo SATISFAZER é derivado do verbo FAZER. O tempo verbal, na frase, é o futuro do subjuntivo. O verbo FAZER ficaria “se eu FIZER a sua vontade”. O certo, portanto, é “se eu SATISFIZER minha vontade”.