Em reconhecimento à força que os times brasileiros
costumam apresentar em jogos disputados em seus domínios, apostar nos
contra-ataques é uma prática comum à maioria dos técnicos que se encontram à
frente dos times visitantes.
Na noite desta quarta-feira, 23, no Estádio Couto Pereira, contra o Coritiba, pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, o técnico do Vitória, Paulo César Carpegiani, apostou na estratégia contrária e viu a sua equipe se despedir da competição após perder, de virada, por 4 a 1, com dois gols sofridos em lances de contra-ataque.
Apesar do resultado dilatado, o time baiano jogou melhor que o alviverde paranaense no primeiro tempo e saiu na frente do placar, com gol de Marquinhos. Mas não soube administrar a posse de bola e, em lances pontuais, vacilou e viu o time da casa construir aos poucos a sua classificação.
O rubro-negro abriu o placar aos 25 minutos e sofreu o gol de empate três minutos depois, em lance de bola parada. Aos 45, em contra-ataque, Everton Ribeiro estava prestes a marcar quando acabou derrubado por Rodrigo. Pênalti que o próprio camisa 10 converteu. No segundo tempo, o Vitória não foi o mesmo e sofreu mais dois tentos: aos 16, em contra-ataque, Roberto ampliou; aos 42, após boa jogada no meio campo, Everton Costa aproveitou rebote e fechou a conta.
A derrota para o Coritiba obriga o Vitória a se dedicar exclusivamente à Série B do Campeonato Brasileiro, competição que o leva de volta a campo às 21h50 da próxima terça-feira, 29, em partida contra o Criciúma, no Estádio Heriberto Hulse. Na Copa do Brasil, o Coxa agora encara o São Paulo, que se classificou após empate por 2 a 2 com o Goiás, no Serra Dourada.
Virada injusta - O resultado parcial ao final do primeiro tempo de jogo no Couto Pereira não traduziu bem o que foi a partida: o Vitória criou mais chances de marcar que o Coritiba. A equipe rubro-negra, no entanto, pecou nas finalizações e acabou castigado aos 43 minutos da primeira etapa, após pênalti provocado pelo zagueiro Rodrigo, que fez falta em Everton Ribeiro, também o autor do gol da virada.
Antes, aos 25 minutos, o Leão aproveitou que fazia uma melhor partida e, após cruzamento de Pedro Ken pelo lado esquerdo, saiu na frente do placar com gol de Marquinhos. O Coritiba empatou três minutos depois: em falha de marcação da defesa rubro-negra, Everton Costa recebeu cruzamento na área e fez de cabeça.
O gol de empate não abalou o time do técnico Paulo César Carpegiani, então à beira do gramado pela primeira vez. A sua equipe teve maior posse de bola e somente não foi para o intervalo com a vantagem no placar porque desperdiçou diversas chances.
Aos 25 minutos, Tartá limpou dois marcadores na entrada da área e, de direita, mandou para fora; aos 35, o mesmo camisa 10 serviu Gabriel na grande área, mas o zagueiro, que atuava improvisado como lateral esquerdo, pegou muito mal na bola; um minuto depois, o mesmo Gabriel recebeu cruzamento e finalizou mal; aos 40, Marquinhos recebeu lançamento pelo lado direito e mandou um chute fraco, para fora. Mas o meio campo rubro-negro permaneceu vacilante e o castigo foi célere: chegou três minutos depois.
Desorganização rubro-negra - Carpegiani não promoveu modificações no Vitória para voltar ao segundo tempo de jogo. Como a sua equipe chegou aos 12 minutos sem levar perigo ao Coritiba, o treinador inovou: tirou o lateral-direito Léo e lançou mão de Dinei. – Fonte A Tarde