Para evitar o problema, é importante observar o seu xixi. Ter uma urina descontrolada após os 4 anos de idade é motivo para ir ao médico, já que nessa idade o corpo já deve conseguir se controlar. Fazer xixi muitas vezes por dia, com intervalos de menos de duas horas, também é sinal de preocupação. Em crianças após os 4 anos, perder urina durante à noite ainda é normal, mas, se isso acontece com frequência e ao longo do dia, já é necessário um acompanhamento médico para o tratamento. Uma das soluções é colocar um alarme preso à roupa para acordar a criança e obrigá-la a ir ao banheiro de madrugada.
Já os jovens têm problemas por causa de maus hábitos como a falta de relaxamento suficientemente do esfíncter da uretra, o que impede que parte da urina saia e acabe ficando na bexiga ou retornando aos rins, o que motiva a infecção. Outro hábito ruim é fazer xixi em pé ou, no caso das crianças, sem estar com os pés apoiados no chão. Na hora de passar o papel higiênico, a dica é sempre se limpar de frente para trás. Fora isso, urinar sem privacidade também pode comprometer a eliminação. Ao contrário do que muitas pessoas dizem, as relações sexuais não causam infecção urinária. O problema está na fricção do ato, que leva bactérias para dentro da uretra e, de lá, para o restante do sistema urinário. Por isso, quanto mais lubrificada estiver a mulher, melhor. Além disso, fazer xixi após a relação pode ajudar, porque ele “lava” a uretra. Outro fator que contribui para a infecção urinária é a prisão de ventre, porque a contração do esfíncter anal é controlada pelo mesmo nervo que coordena o esfíncter da uretra. Ou seja, o esforço para evacuar pode danificar também a uretra e dificultar o relaxamento na hora do xixi. Nos homens após os 50 anos, o aumento de vezes ao urinar pode indicar o crescimento da próstata, que também deve ser investigado. Para combatê-lo, existem medicamentos e, dependendo da causa desse aumento (um câncer, por exemplo), é indicada a operação.
Os tratamentos disponíveis para a infecção urinária de repetição focam principalmente nas mudanças de hábitos e em treinamento para relaxar o esfíncter, com fisioterapia. Em alguns casos, são necessários antibióticos, mas não se devem abusar deles. Isso porque 25% das bactérias já são resistentes aos remédios do grupo das quinolonas, 50% à ampicilina e 50% à sulfa. Fonte G1