O Ministério da Saúde fechou parceria com a rede
social Facebook para estimular a doação de órgãos, ampliando assim o
número de transplantes feitos no Brasil. Uma ferramenta, já disponível no
perfil do usuário da rede social, possibilita que ele manifeste o desejo de ser
doador de órgãos. Ainda assim, a doação só poderá acontecer após autorização da
família.
A estratégia consiste em usar as redes sociais
para aumentar o diálogo com a população brasileira, segundo explicou o ministro
da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, atualmente, quase 180 milhões de
brasileiros têm acesso a internet e quase 40 milhões usam o Facebook. Conforme
frisou Padilha, a parceria facilita a divulgação da posição das pessoas sobre
sua opção de ser doador. “Acreditamos que vamos criar um burburinho e
dialogar com o público jovem para que, desde o começo, possa optar por
registrar o desejo de ser doador”, disse o ministro.
Alexandre Padilha afirmou que a ferramenta não vai
causar insegurança ou quebrar a ordem da fila de transplantes. “Não estamos
mudando nenhuma lei, não vai permitir criar qualquer mercado de órgãos no país,
por ser um sistema nacional, público e gratuito”, ressaltou Padilha. O vice-presidente
do Facebook para a América Latina, Alexandre Hohagen, explicou que a nova
ferramenta permite aos usuários declararem a intenção de serem doadores de
órgãos em apenas alguns minutos e compartilhar a informação com os amigos e
membros da família que também têm perfil na rede social. “Para doar
órgãos, é fundamental que haja o conhecimento e o consentimento da
família. Esta estratégia não substitui o caminho formal, mas ajuda a
tornar a intenção mais clara”.