Tatuagem que Macarrão fez em
homenagem a sua amizade com Bruno
"Bruno e Maka. A amizade nem mesmo a força do
tempo irá destruir, amor verdadeiro", diz a mensagem tatuada nas costas de
Luiz Henrique Romão, o Macarrão, para expressar a relação entre ele e o goleiro
Bruno Fernandes. Por ironia, aquele que jurava amizade eterna tornou-se o
principal algoz do ex-jogador do Flamengo, que irá a júri popular a partir de
segunda-feira (4), em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte),
acusado pelo sequestro e morte da modelo Eliza Samudio, mãe de seu filho
Bruninho. Na avaliação de advogados criminalistas, o depoimento de Macarrão no
Tribunal do Júri de Contagem, em novembro passado, no qual o acusado, apesar de
ter confessado a participação no crime, pela primeira
vez apontou Bruno como mandante, aumenta a chance do goleiro ser
condenado pelos jurados.
"A tese de Bruno como mandante foi admitida no
julgamento anterior, que teve a participação da mesma juíza e do mesmo
promotor. É uma prova forte. A tendência é que o novo corpo de jurados admita
isso também", afirma o jurista Luiz Flávio Gomes, ex-promotor e ex-juiz.
"A situação fica muito difícil quando se tem
um réu confesso delatando [Bruno] e um conjunto probatório tão grande. A
confissão do Macarrão, que coloca Bruno como autor, vai ter uma influência
grande", opina Fernando José da Costa, presidente da Comissão de Direito
Criminal da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo).
7.jul.2010 - O goleiro Bruno Souza, do Flamengo
(dir.), se apresenta na Polinter (Polícia Interestadual), no Andaraí, zona
norte do Rio de Janeiro, ao lado de seu advogado Michel Assef Jr.
Júri desmembrado
Macarrão foi condenado a
15 anos de prisão pelo sequestro de Eliza e do bebê e por participação na morte
da modelo. Em seu depoimento no júri, o réu disse que foi forçado
pelo goleiro a levar Eliza para uma terceira pessoa a qual ele pressentiu que
iria matá-la. O réu ainda afirmou que a amizade com o Bruno acabava ali, no
momento em que ele delatava o goleiro.