Críticas de Caetano Veloso e
Roberto Carlos, em show conjunto
Caetano Veloso a Roberto Carlos evidenciaram
um racha entre
os artistas do Procure Saber, grupo que é contra a publicação de biografias não
autorizadas.
Em sua coluna dominical no jornal "O
Globo", Caetano criticou a imprensa por "dar a impressão" de que
o Procure Saber mudou de posição contra as biografias. A semana foi marcada por
um tom mais ameno do grupo, evidenciado em entrevista de Roberto Carlos ao
"Fantástico" e em um vídeo divulgado
na internet com a participação dele e de Erasmo Carlos e Gilberto Gil. "RC
só apareceu agora, quando da mudança de tom. Apanhamos muito da mídia e das
redes, ele vem de Rei. É o normal da nossa vida. Chico era o mais próximo da
posição dele; eu, o mais distante", escreveu Caetano. "De minha
parte, apesar de toda a tensão, continuo achando que estamos progredindo."
Caetano
também alfinetou Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de
Roberto Carlos, dizendo que ele fala pelo cantor, e não pelo Procure Saber. O
músico ainda afirmou que a defesa do equilíbrio entre o direito de livre
expressão e à privacidade, defendido no vídeo do Procure Saber, já tinha sido mencionado por Paula
Lavigne , sua ex-muilher e presidente do grupo, no
programa “Saia Justa”. "Para mim, ressalta o fato de que não há novidade
conceitual nenhuma", escreveu Caetano. "Pode-se dizer que Roberto
Carlos esteja se dirigindo ao público num tom de quem admite que o tema seja
discutido, não como quem veta a hipótese de qualquer relativização da
obrigatoriedade de autorização prévia. Mas isso porque Roberto era tido e
sabido como o inimigo número um da invasão da privacidade. É notório que não
era o meu caso, mas também ficou claro não ser o de Gil, Paulinha ou Djavan,
por exemplo."