O que pode ser uma tendência,
pode estar a um passo da cafonice, portanto, cuidado com os exageros na hora de
escolher as cores, confira nossas dicas para não errar feio. As chamadas
tendências, no caso das tintas, são definidas anualmente pelas fabricantes –
algumas já divulgaram as que estarão em alta em 2014: a Coral escolheu um
azul-esverdeado chamado lagoa particular; a da Eucatex é uma tangerina; e a da
Sherwin-Williams, um cinza batizado de exclusive plum.
E de onde surgem essas
tendências? Elas são resultado de pesquisas feitas com consumidores e,
principalmente, especialistas, incluindo designers e arquitetos: as empresas
formam um leque com as cores que mais têm agradado e desenvolvem tons dentro
dessa seleção. O trabalho vale a pena, porque, normalmente, a produção das
escolhidas aumenta. “A chá dançante, de 2012, multiplicou a venda por oito”,
analisa o gerente de ativação de cores da Coral, Renato Panzuto.
E tal cor avermelhada não é a
única a ter um nome divertido. O leque das fabricantes é bem criativo: céu
californiano, abacaxi maduro, cheiro verde, delícia de morango, verde
caranguejo, marcha nupcial, suflê de goiabada, obstinate orange e por aí vai.
Essa escolha também é fruto de
pesquisa dos coloristas, que, segundo Panzuto, se baseiam no que cada elemento
ou a mistura deles transmite. “Os nomes não são atribuídos aleatoriamente. Eles
buscam na essência um significado. As cores frescas, por exemplo, como têm
muito pigmento branco ampliam o ambiente.”
Apesar de tantos estudos para
aumentar e melhorar a gama de cores, os brancos ainda são os campeões de venda.
Eles representam 60% do volume geral no Brasil, segundo a Abrafati. Na Coral,
os números são parecidos, com uma curiosidade: depois dos brancos e dos
neutros, os amarelos são os mais vendido