Colorir os centros
urbanos de verde parece impossível, mas um projeto de arquitetura que utiliza
plantas nas coberturas dos imóveis pode mudar essa realidade.
Os telhados vivos, como
também são chamados, podem ser jardins em edifícios com telhado plano ou podem
ser uma cobertura de gramíneas em telhados com inclinação.
A grande vantagem é o isolamento
acústico e térmico. Uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP)
mostrou que a diferença de temperatura entre um prédio com telhado verde pode
ser até 5°C menor do que um com cobertura de concreto. Além disso, nos
edifícios com esse cuidado sustentável, a umidade relativa do ar é cerca de 15%
maior. A drenagem da água das chuvas também é feita por esse jardim no alto das
residências, assim como a absorção de poeira e poluição. Com isso, reduz-se a necessidade de escoamento de água e de sistemas de
esgoto.
Nesse jardim, pode-se plantar
pequenas hortas, com alface, brócolis e olerícolas em geral além de se colocar
vasos e flores. “É uma maneira de trabalhar uma questão ambiental, com uma
visão não tão urbana, além de retomar o contato com a natureza”, explica o
engenheiro agrônomo da empresa curitibana Esalgarden, Gustavo Milak.
Instalação. - Para quem quer optar por esse projeto, é necessário muito estudo. Para casas e edifícios
já construídos, a ajuda de um engenheiro é essencial, já que deve ser observada
a capacidade da laje de suportar a estrutura. “Hoje o que muitos fazem
é trocar o telhado por uma laje para produzir hortas e ter um jardim, mas é
importante verificar quanto a estrutura comporta de peso, para evitar
rachaduras na casa”, destaca o engenheiro agrônomo. Com o ok em mãos de um
engenheiro em mãos, o proprietário precisa seguir algumas dicas. Para locais
com laje, ela deve ser impermeabilizada, para impedir vazamentos e
infiltrações.