RECEITA FEDERAL COBRA R$ 907 MIL DE DUNGA POR IMPOSTO NÃO PAGO

Segundo apuração do jornal Folha de São Paulo, o treinador do Brasil é suspeito de não ter pago imposto por dinheiro movimentado no exterior em 2002. Após a publicação de documentos que comprovariam conexão de Dunga como agente de jogadores, o técnico da Seleção Brasileira é cobrado agora pela Receita Federal, por suspeita de não ter pago imposto sobre dinheiro movimentado no exterior em 2002, no valor de R$ 907 mil. 
Conforme noticiado pelo jornal A Folha de São Paulo, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, teria "indícios veementes" de que o ex-jogador, que substituiu Felipão no comando da Seleção nesta semana, se valeu de operações financeiras inexistentes para pagar menos imposto sobre um empréstimo feito ao Jubilo Iwata, time japonês do qual fez parte. "Tais aspectos constituem indícios veementes da inexistência da operação de empréstimo e por conseguinte, da sua devolução", afirma o conselheiro do Carf, Walter Lima.
A Receita Federal cobra então, o valor do imposto que não teria sido pago, que é de R$ 325 mil reais, duas multas e juros, o que contabiliza R$ 907 mil. Com atualizações de valores, o dinheiro devido pelo treinador seria de R$ 1,3 milhão. Dunga já teria perdido o caso em uma instância interna do Fisco nacional e em 2013 teve recurso rejeitado no Carf, mas ainda pode levar o caso à Justiça. Procurado pelo jornal para se pronunciar sobre o caso, Dunga rechaçou a autuação da Receita Federal, e ameaçou processar a publicação por quebra de sigilo fiscal. Além disso, em nota, criticou o que chamou de “abuso de autoridade” do fisco nacional, e afirmou que não há “nenhuma simulação para sonegar rendimentos”.

Em nota de 32 páginas enviada à reportagem do jornal paulista, Dunga afirmou que a Receita comete "abuso de autoridade" e tem "ânsia de punir". O treinador ameaça até mesmo processar o repórter da Folha por "veicular o que afirma que fará" por "dano moral e patrimonial". "Fossem (meus) argumentos ou provas irreais e/ou ilícitas, à época, teria sido instalado pelo Ministério Público procedimento penal para punir-me", afirmou ele. Dunga afirma que a transação seria de um empréstimo feito por ele ao Jubilo Iwata em 1998 no valor de US$ 270 mil, que foi usado para pagar a empresa Image Promotion, pelos direitos de imagem do então jogador, que pertenciam à companhia. Porém, ele afirma não ter comprovante de tais transações pois elas foram efetuadas com dinheiro vivo.