É normal o cabelo cair. Isso faz parte do ciclo de vida do fio, que
ainda inclui as fases de crescimento e repouso. Mas se você anda assustada com
os rastros deixados no travesseiro, no banco do carro ou no ralo do banheiro,
faça o seguinte teste usado por dermatologistas: divida a cabeça em quatro
partes e, em cada uma delas, passe dez vezes os dedos entre os fios
delicadamente, da raiz às pontas. Se saírem seis ou mais fios de cada área ou
um total de 24 é sinal de que o seu cabelo está caindo além da conta, e de que
está na hora de procurar um especialista. Mas, antes de arrancar os
cabelos de nervoso, o terapeuta capilar Wagner Lisboa, do salão Ophicina do
Cabelo, no Rio de Janeiro, lembra que há períodos em que a queda é mais
acentuada. Aqui, ele lista as principais causas e dá soluções para cada uma
delas:
Pós-parto. - É comum o cabelo da mãe começar a cair dois ou três meses após o nascimento do bebê. Na maioria dos casos, tudo volta ao normal depois de seis meses e sem precisar fazer tratamento.
Stress. - O esgotamento físico ou emocional pode fazer com que o cabelo caia de forma localizada ou em pontos diversos da cabeça. Isso acontece por causa do aumento na produção e liberação do estradiol, hormônio que causa um processo inflamatório nos bulbos capilares e ‘mata’ os fios. Os efeitos do stress podem demorar a aparecer, daí a dificuldade da pessoa encontrar a raiz do problema. Para não chegar a esse ponto, procure fazer atividades relaxantes.
Alterações na tireoide. - A diminuição na produção de hormônios pela glândula, mal conhecido como hipotireoidismo, faz com que o organismo poupe energia e acelere o processo de queda dos fios. Nesse caso, é indispensável consultar o médico, que vai pedir um exame de sangue para confirmar se há alguma alteração no funcionamento da tireoide. Caso isso se confirme, será necessário fazer reposição hormonal, que faz o cabelo voltar a crescer entre três e seis meses.
Anemia. - O problema prejudica a chegada de oxigênio à raiz do cabelo, o que deixa o fio fino e frágil. A solução é aumentar o consumo de alimentos ricos em ferro, caso da carne, do espinafre, das leguminosas como feijão, grão-de-bico e lentilha, dos cereais integrais e das nozes. Para facilitar a absorção do mineral pelo organismo consuma junto uma fonte de vitamina C, como laranja, abacaxi, acerola, caju e kiwi.