O deputado federal baiano Luiz
Argôlo (SD), investigado pela Polícia Federal por ser um elo entre o doleiro
Albert Youssef e a Petrobras, tinha uma rede de conhecidos dentro da empresa
petroleira. Segundo documentos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, o
parlamentar foi escolhido pela estatal brasileira para uma viagem VIP no final
do mês de abril de 2013. Argôlo partiu da Bahia com destino ao Rio de Janeiro,
onde teve acesso a áreas como o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes),
mesmo sem ter atuação parlamentar relacionada à empresa.O deputado teve despesas e
diárias em hotel cinco estrelas pagas pela Petrobras, junto a mais quatro
executivos da estatal, entre eles José Eduardo Sobral Barrocas, afastado da
chefia do gabinete em Brasília após se envolver na combinação de perguntas na
CPI da Petrobras. No Rio, a hospedagem foi no hotel Windsor Atlântica, em
Copacabana, com uma média de diária de R$ 700. A Petrobras não respondeu à
reportagem do Estadão e o deputado federal também não se manifestou.
