Afinal, a Coca-Cola é ou não é cancerígena? De
acordo com projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa - que prevê a
proibição nas escolas baianas de alimentos nocivos à saúde -, substâncias
presentes no Caramelo IV, corante que dá cor e sabor ao refrigerante, podem
causar câncer. Segundo pesquisa do instituto norte-americano CSPI (Centro de
Ciência no Interesse Público - tradução livre), na Coca-Cola vendida no Brasil
a concentração da substância 4-MI (4-metil-imidazol), possivelmente cancerígena,
é nove vezes maior que o limite estabelecido pelo governo da Califórnia, nos
Estados Unidos.
“Nos EUA a Coca-Cola teve que baixar índices do
Caramelo VI e aqui não há essas restrições. Os índices são altíssimos e esse
componente é cancerígeno”, afirmou o autor do projeto, deputado Alan Castro
(PTN), que também é médico. Segundo o parlamentar, ex-vereador de Salvador e
estreante no parlamento estadual, o consumo dessas substâncias acusadas de
causar câncer é um “problema grave de saúde”. Ele contou ainda que tem um filho
de 11 anos com câncer, leucemia, e que, segundo médicos que o atendem, o uso do
refrigerante pode ter sido responsável pela doença. Ele pediu apoio dos seus
pares e da Comissão de Saúde da Casa, para debater a proposição. Segundo
Castro, a lista dos alimentos prejudiciais a saúde de crianças e adolescentes,
além dos refrigerantes, ainda tem os salgadinhos e sucos de caixinha. A
substância supostamente cancerígena, presente no refrigerante Coca-Cola, é o
4-MI, constante no corante Caramelo IV. De acordo com estudo realizado pelo
Programa Nacional de Toxicologia do Governo dos Estados Unidos, havia apontado
efeitos carcinogênicos do 4-MI em ratos. Essa constatação levou a Agência
Internacional para Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial da Saúde (OMS),
incluir essa substância em uma lista de componentes que podem causar câncer.
Fonte CFF
