LÍDER MUNDIAL DE AUTOPEÇAS PODE ABRIR MAIS UMA UNIDADE NA BAHIA

A Bahia pode ganhar uma quarta unidade da Faurecia, multinacional de origem francesa, caso a mesma torne-se uma das fornecedoras da JAC Motors, a afirmação é do executivo Alexandre Gandra. A empresa já mantém uma unidade em Dias D'Ávila e outras duas no Complexo da Ford. Gandra está bastante otimista com a possibilidade de vir a fornecer para a chinesa. "Estamos há 20 anos na China, já conhecemos a cultura, os costumes e a forma de trabalhar". A Faurecia está presente em 33 países e emprega 84 mil pessoas. "Nossas peças seguem um padrão internacional, somos líderes mundiais em tecnologias de controle de emissões e sistemas de interiores. Temos totais condições de atender tantos em custos quanto em características técnicas às demandas da JAC", diz o executivo.
Mauro Yamashita, da Bosch, aposta na experiência que a marca tem na tropicalização dos seus produtos. "Nós fornecemos para todas as montadoras do Brasil e já temos know-how em adaptação de produtos para os carros brasileiros", afirma Yamashita. Ainda de acordo com o executivo, a Bosch é fornecedora da JAC na China. "Podemos tanto fornecer o produto que já fabricamos para a fábrica chinesa quanto desenvolver um novo para o modelo brasileiro".
Até o final do ano, serão definidos os fabricantes de autopeças da fábrica baiana. Competitividade e qualidade são características fundamentais exigidas pela JAC. "É preciso ter uma boa engenharia para adaptar os custos e os produtos à nossa necessidade. Temos uma alta exigência com qualidade", afirma Tarcísio Telles, vice-presidente da JAC no Brasil.

Dos 400 fornecedores que a empresa prevê contratar, os de autopeças devem girar em torno de 100 empresas. Segundo Telles, fora o motor e a caixa de câmbio que serão trazidos da China, todo o restante do carro, algo que fica em torno de 75%, será adquirido no Brasil, sendo que os fornecedores com fábricas instaladas na Bahia terão prioridade. "Em termos de impacto logístico nos nossos custos, a proximidade é muito importante".
O vice-presidente não descarta a vinda de fornecedores chineses. "Precisamos de competitividade, então uma das possibilidades é que fornecedores chineses que já fabricam peças em grandes escaladas na China, instalem-se aqui para fazer o mesmo serviço", diz.