Mauro Yamashita, da Bosch, aposta na experiência que a marca tem na tropicalização dos seus produtos. "Nós fornecemos para todas as montadoras do Brasil e já temos know-how em adaptação de produtos para os carros brasileiros", afirma Yamashita. Ainda de acordo com o executivo, a Bosch é fornecedora da JAC na China. "Podemos tanto fornecer o produto que já fabricamos para a fábrica chinesa quanto desenvolver um novo para o modelo brasileiro".
Até o final do ano, serão definidos os fabricantes de autopeças da fábrica baiana. Competitividade e qualidade são características fundamentais exigidas pela JAC. "É preciso ter uma boa engenharia para adaptar os custos e os produtos à nossa necessidade. Temos uma alta exigência com qualidade", afirma Tarcísio Telles, vice-presidente da JAC no Brasil.
Dos 400
fornecedores que a empresa prevê contratar, os de autopeças devem girar em
torno de 100 empresas. Segundo Telles, fora o motor e a caixa de câmbio que
serão trazidos da China, todo o restante do carro, algo que fica em torno de
75%, será adquirido no Brasil, sendo que os fornecedores com fábricas
instaladas na Bahia terão prioridade. "Em termos de impacto logístico nos
nossos custos, a proximidade é muito importante".
O
vice-presidente não descarta a vinda de fornecedores chineses. "Precisamos
de competitividade, então uma das possibilidades é que fornecedores chineses
que já fabricam peças em grandes escaladas na China, instalem-se aqui para
fazer o mesmo serviço", diz.