Em
outubro, os brasileiros escolherão pelo voto os prefeitos e vereadores que por
quatro anos conduzirão no âmbito da competência constitucional o comando
político-administrativo dos municípios.
No
ano eleitoral, também ocorre a grande safra das obras, inaugurações,
“promessas” e contos da carochinha.
Falando
em contos da carochinha, um fato chama a atenção: Papai Noel que só vai aos
lares (nem todos) no dia do Natal, nos anos eleitorais aparece com antecedência
e frequência, distribuindo comida, gasolina e álcool combustível,
dinheiro, presentes e outras benesses nas comunidades do município
(principalmente naquelas que não visita na época natalina). Só que desta vez,
”o bom velhinho” surge de várias formas, alto, baixo, gordo, magro, branco,
mulato, moreno ou negro, e não necessariamente idoso. Outra curiosidade que
desperta, é que após o dia da eleição este “papai-noel” pega as suas “renas
encantadas” e desaparece por longos quatro anos.
Metáforas
a parte, o certo é que a compra de votos é uma triste realidade em nosso País.
Assim
como se afirma que o tráfico de drogas só existe porque há quem compre as
substâncias entorpecentes, no caso específico da captação ilícita de sufrágio
(nome técnico para a compra de votos), esta só se mantém porque há eleitores
que se vendem.
O
que representa a troca do voto por um pilha de tijolos, por um saco de cimento,
promessa de emprego, uma consulta médico-odontológica, uma mísera quantia em
dinheiro, encher o tanque da moto ou do carro ou o recebimento de qualquer
outro bem ou objeto? Representa o preço da cidadania e porque não dizer
da própria dignidade humana. Para o candidato corruptor, o eleitor não vale
mais do que isso, seu “compromisso social” já estaria cumprido, e caso eleito,
nada mais deverá a esse eleitor ou à sociedade.
Aquele
que hoje compra o voto do cidadão, amanhã venderá o seu próprio diante de
interesses espúrios, a exemplo de mensalinhos e mensalões e até mesmo da
troca de partidos
E
depois, senhores eleitores? E depois?
Bem,
só restará esperar os longos quatro anos de mandato passarem para que se seja
possível corrigir o erro ou persistir na mesma burrice.
Compensa
“vender” o voto e ver o seu município passar por quatro anos de estagnação
social com irreparáveis prejuízos para a educação e saúde,
pulverizando a qualidade de vida da população?. Pensem nisso.
UMA DEFERÊNCIA ESPECIAL DO SITE neldantas.blogspot.com