O apresentador
Rodrigo Faro no meio da plateia de seu programa; ele ganha mais de R$ 1 milhão
por mês
Estimados em R$ 1 milhão, os rendimentos
mensais de Rodrigo Faro, maior estrela da Record, por pouco não superam os
salários de um ano inteiro dos principais executivos da emissora. Em
média, cada um dos sete diretores estatutários da Record, a maioria deles
bispos e pastores da Igreja Universal, ganha R$ 95.238,00 por mês. Essa é
a média. Na realidade, os diretores que são pastores ou bispos não ganham nem
metade disso.
Em assembleia realizada em maio, de acordo
com extrato publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, ficou
estabelecido que os diretores estatutários da Record receberão neste ano um
total de R$ 8 milhões em honorários. Dividido entre eles, essa quantia é
"global", ou seja, não pode ser ultrapassada. Logo, a média de R$ 95.238,00
já inclui eventuais bônus e férias _eles não têm direito a 13° salário. São
estatutários o principal executivo da Record, bispo Marcelo da Silva
(vice-presidente artístico), e o homem que controla as finanças da emissora,
Marcus Vinicius Vieira (vice-presidente executivo), além de Douglas Tavolaro
(vice de jornalismo), Mafran Dutra (diretor artístico), Luiz Claudio Costa
(presidente), Delmar Andrade (diretor jurídico) e Dermeval Gonçalves
(superintendente). Desses, apenas Gonçalves não é da igreja. Dos ligados à
Universal, somente Tavolaro não é bispo ou pastor.
Alguns diretores, como Douglas Tavolaro,
ganham bem mais do que a média R$ 95.238. Outros, com cargos de pastores e
bispos, ganham bem menos. O Notícias
da TV apurou que os mais
recentes deles, como Luiz Claudio Costa, recebem pouco mais de R$ 35 mil. A
Record tem uma política de remunerar os diretores que vêm da igreja com
salários considerados baixos para o mercado de executivos. Essa política
reflete a visão da Igreja Universal de que o pastor e o bispo devem renunciar a
uma vida luxuosa. Os pastores, no entanto, têm direito a casa, carro e
segurança pagos pela Record. A política salarial é diferente para executivos
não ligados à igreja. Na área comercial, por exemplo, há diretores recebendo
mais de R$ 300 mil.