O QUE OS ADOÇANTES ARTIFICIAIS REALMENTE FAZEM COM O NOSSO CORPO?

Os adoçantes suprem a sua necessidade de açúcar sem adicionar uns centímetros a mais na sua barriga: eles dão um pontapé de sacarina nos refrigerantes dietéticos e doces sem açúcar, mas sem as consequências. Bom, ao menos a ideia é essa. Mas os adoçantes têm sido objeto de boatos e desinformação por anos, que aos poucos fizeram com que as pessoas deixassem de acreditar nas maravilhas do emagrecimento que eles prometem. Adoçantes artificiais são tecnicamente conhecidos como adoçantes artificiais não-calóricos (NAS, na sigla em inglês). Não calóricos pois eles podem ter apenas uma graças das calorias do açúcar ou até mesmo não ter caloria nenhuma.

Sacarina - O reinado exclusivo do açúcar sobre as coisas doces chegou ao fim em 1878, quando Constantin Fahlberg, um químico trabalhando na Johns Hopkins University lambeu a mão depois de um longo dia mexendo em derivados do alcatrão de carvão (o que provavelmente não foi a melhor ideia que ele já teve) e sem querer descobriu a sacarina. Ela se tornou comercialmente disponível na Era Vitoriana e até hoje é utilizada em basicamente tudo que tem a palavra dieta escrita no rótulo. Esse adoçante é classificado pela Food and Drug Administration como 300 vezes mais doce que a sacarose (açúcar comum), mas não provê energia nutricional, embora os pesquisadores ainda não tenham certeza de como isso é possível. “As evidências disso vêm do fato de que sua forma é ligeiramente modificada, alterando o H no nitrogênio para um metil, a nova molécula deixa de ser doce”, explica o livro de química virtual do Elmhurst College. A forma da molécula também poderia explicar o ligeiro retrogosto metálico provocado pela sacarina.

Aspartame - O aspartame chegou ao mercado no final dos anos 1980, durante uma reação pública generalizada quando uma série de estudos encontrou evidências de que a sacarina poderia estar ligada a casos de câncer na bexiga em ratos. Ela não é tão potente quanto a sacarina: é 200 vezes mais doce que o açúcar e e produz 4kCal de energia por grama. Mas já que a quantidade necessária para adoçar uma lata de refrigerante é pouca, ele ainda é classificada como um adoçante artificial não-calórico. O aspartame também é considerado o adoçante mais próximo do açúcar em termos de correspondência de sabor.

Acessulfame-K ou acessulfame de postássio - É usado quase que exclusivamente como adoçante secundário, combinado com a sacarina ou o aspartame, embora seja possível encontrá-lo puro no comércio. A conjunção do acessulfame-K com outros adoçantes serve para mascarar o retrogosto desagradável de adoçantes como a sacarina e o aspartame -- a Coca Diet e a Coca Zero usam uma mistura de aspartame com acessulfame-K.

Advantame - Um novo adoçante que foi liberado pela FDA em maio desse ano, mas ainda não chegou ao mercado. O advantame é 20.000 vezes mais doce que o açúcar.


Sucralose - Um derivado da sacarose, a sucralose é de 600 a 800 vezes mais doce que o açúcar.  Stevia, Estévia ou glicosídeos de Esteviol - A Estévia é uma folha que contém um açúcar natural e até pouco tempo atrás podia ser encontrada nas águas vitaminadas que são vendidas nos EUA. Todos esses seis adoçantes passaram pelos testes de segurança da FDA — mais de 100 estudos foram feitos acerca de cada um deles, abrangendo um amplo espectro de doenças e enfermidades em potencial. Apesar disso, os adoçantes têm sido considerados uma ameaça à saúde.