O ano de
2015, como sabemos, vem enfrentando muitas complicações. Um dos problemas de
maior destaque é o crescente surto de dengue que vem se alastrando por diversas
regiões, em especial, a capital paulista. Uma das formas de se prevenir da
picada do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, é o uso dos repelentes
de insetos. No entanto, muitos pais têm me questionado se eles podem ou não
passar o produto nos bebês. Em meio a uma época em que a incidência de doenças
transmitidas por mosquitos só tem crescido, sendo a dengue uma das principais,
devemos ter muito cuidado com nossos filhos e tomarmos certas precauções. Uma
forma eficaz e segura de combate à dengue é passar os repelentes, que evitam
picadas de insetos e protegem cerca de 80 à 95% dos casos. A substância mais
comum encontrada nos repelentes industrializados é a piperina, mas este
princípio ativo não é eficaz no combate ao mosquito da dengue. Deve-se ter
muito cuidado com os repelentes em crianças menores de 2 anos.
Para a
Organização Mundial de Saúde (OMS), os princípios ativos indicados são o Deet,
que pode ser usado em crianças com mais de 2 anos, desde que não seja aplicado
mais de três vezes ao dia, e o IR 3535, para crianças com mais de 6 meses.
Estes produtos também são permitidos pela Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), porém é aconselhável ter orientação de um pediatra. Dos
2 aos 12 anos, é possível usar compostos com a substância icaridina. Os que
contêm dietiltoluamida são permitidos apenas para pessoas acima dos 12 anos. É
importante ler o rótulo do produto com atenção. Gestantes e indivíduos alérgicos
aos componentes dos repelentes também devem evitar o uso. As sociedades médicas
brasileiras e internacionais, como a Sociedade Brasileira de Pediatria e a
Academia Americana de Pediatria alertam que o repelente só deve ser usado em
casos de real necessidade e com muita cautela, para que não provoque reações
adversas nos bebês, preservando sempre a saúde deles.
Os
repelentes devem ser evitados em bebês menores de 6 meses. Para protegê-los,
recomenda-se que sejam usados macacões compridos ou calças. Outras medidas
eficazes são os mosquiteiros e as telas nas janelas. Procure vestir roupas
brancas nos bebês e crianças pequenas. O mosquito transmissor da dengue, o
Aedes aegypti, é atraído por roupas coloridas, assim como perfumes. Também não
deixe seu bebê dormir com repelente no corpo – dê um banho antes. Tal como
qualquer medicamento, mantenha os repelentes fora do alcance das crianças e não
permita que elas realizem a sua autoaplicação.