Rui Costa disse que policial 'não reúne condições
de vestir uma farda e portar arma'
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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), pediu que a
Polícia Militar expulse o tenente Wilson Pedro dos Santos Júnior, que no dia 13
matou com seis tiros de pistola um cão da raça buldogue francês. Uma cadela
golden retriever foi salva pela dona, a advogada Bruna Holtz Carvalho, de 26
anos. Motivo: o cachorro teria feito xixi no jardim do oficial, em um
condomínio de classe média alta em Teixeira de Freitas, extremo sul do Estado.
Câmeras da rua gravaram as cenas, e as imagens correram o País, causando indignação.
"A ação mostra desequilíbrio e que a pessoa não reúne condições de vestir
uma farda e portar arma", afirmou o governador. Afastado das funções, sob
investigação criminal e ameaçado de expulsão da polícia, o tenente de 31 anos
se recolheu em casa e não fala com a imprensa.
Seu chefe imediato, Valci Góis Serpa de Oliveira, diretor do Colégio da PM de Teixeira de Freitas, onde Santos estava lotado, disse que o subordinado está abalado psicologicamente. "Ele estava sendo incomodado pela vizinha, que toda hora ia na porta da sua casa com os cachorros, e perdeu a cabeça." Oliveira encaminhou o tenente para o atendimento psicológico da PM.
As imagens mostram o policial já na rua de pistola em punho, atirando duas vezes contra o buldogue. Atingido, o animal se arrasta e tenta fugir, mas recebe outros tiros. A mulher pega e protege o outro cão, mas quase é atingida. Três tiros feriram mortalmente o animal. O homem volta para casa, enquanto Bruna, o marido e vizinhos correm na tentativa de salvar o buldogue, que já estava morto. Na versão da advogada - que acusa o PM de tentar matá-la -, o buldogue Apollo nem sequer fez xixi no gramado do tenente. "Só passamos perto do jardim dele." Segundo ela, tudo começou um dia antes, quando o PM colocou uma carta sob sua porta com ameaças. "Ele dizia que se meus filhos invadissem e cavassem de novo o jardim, ele não responderia pelos seus atos." Bruna se refere aos cães como filhos. A advogada tentou conversar, mas ele se recusou. Da síndica, ela ouviu o conselho para evitá-lo, por se tratar de pessoa problemática e perigoso
Seu chefe imediato, Valci Góis Serpa de Oliveira, diretor do Colégio da PM de Teixeira de Freitas, onde Santos estava lotado, disse que o subordinado está abalado psicologicamente. "Ele estava sendo incomodado pela vizinha, que toda hora ia na porta da sua casa com os cachorros, e perdeu a cabeça." Oliveira encaminhou o tenente para o atendimento psicológico da PM.
As imagens mostram o policial já na rua de pistola em punho, atirando duas vezes contra o buldogue. Atingido, o animal se arrasta e tenta fugir, mas recebe outros tiros. A mulher pega e protege o outro cão, mas quase é atingida. Três tiros feriram mortalmente o animal. O homem volta para casa, enquanto Bruna, o marido e vizinhos correm na tentativa de salvar o buldogue, que já estava morto. Na versão da advogada - que acusa o PM de tentar matá-la -, o buldogue Apollo nem sequer fez xixi no gramado do tenente. "Só passamos perto do jardim dele." Segundo ela, tudo começou um dia antes, quando o PM colocou uma carta sob sua porta com ameaças. "Ele dizia que se meus filhos invadissem e cavassem de novo o jardim, ele não responderia pelos seus atos." Bruna se refere aos cães como filhos. A advogada tentou conversar, mas ele se recusou. Da síndica, ela ouviu o conselho para evitá-lo, por se tratar de pessoa problemática e perigoso