A presidente Dilma Rousseff
reafirmou que concluirá seu segundo mandado. Em entrevista a um canal de TV da
Rússia, ela disse que a queda de popularidade decorre de uma situação econômica
“bastante adversa”, mas disse ter certeza de que o cenário vai melhorar.
Sobre os índices de popularidade,
que caíram de 12% para 9%, e a dificuldade que teve para vencer as eleições de
2014, Dilma respondeu que vai “acabar essa legislatura”. Ela concedeu a
entrevista quinta-feira (9), durante viagem a Ufa, na Rússia, onde participou
da sétima cúpula do Brics (bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul). “Em qualquer país do mundo, você
tem quedas de popularidade. A minha decorre de uma situação econômica bastante
adversa. Tenho certeza de que isso vai melhorar. O que importa é, sem sombra de
dúvida, que estamos trabalhando duro para tirar o Brasil dessa situação de
crise. E isso é o que nós vamos ter como nosso foco principal.” Segundo a
presidenta, é preciso trabalhar “ainda mais” para que o Brasil “saia mais
rápido” da crise.
Na terça-feira (7),
em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Dilma Rousseff afirmou
que não teme possíveis pedidos de impeachment feitos por partidos de
oposição e descartou qualquer possibilidade de renúncia. Na entrevista, Dilma disse não
acreditar que haja no Brasil uma ação da direita orquestrada pelos Estados
Unidos para praticar “golpes brancos”. “Acho essa uma teoria conspiratória. Não
é preciso nenhum país para que alguns segmentos de alguns países sejam
golpistas. Eles são golpistas por si mesmos. Não tem nenhum país no mundo
interferindo na situação interna do Brasil.” Em relação à situação econômica, a
presidenta explicou que não há bolha no Brasil e que o sistema bancário é
“absolutamente robusto”. “Nós somos um país sólido, do ponto de vista
macroeconômico. Não há razão para que o Brasil não volte a crescer”.