Tranquilo, porque o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, o
deputado José Rocha (PR-BA), é da base aliada de apoio à presidente Dilma
Rousseff, Luciano Coutinho responderá às perguntas dos parlamentares federais
em torno das suspeitas de que os recursos foram concedidos tanto a
empresas de fachada quanto a empreiteiras investigadas na operação que apura
irregularidades na Petrobras. Além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social, o colegiado aprovou, por 19 votos a 1, que também sejam ouvidos o
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e
o engenheiro e economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, que presidiu o BNDES
de 1995 a 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Integrantes da CPI
também pretendem se analisar os empréstimos classificados de secretos,
concedidos a países como Angola e Cuba, assim como votar requerimentos
apresentados pelo deputado Raul Jungmann para a convocação do ex-presidente
Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva e do seu filho Fábio Luís Lula da Silva.
Na mesma relação constam os ex-presidentes
da instituição financeira, Demian Fiocca (2006-2007), Guido Mantega
(2004-2006), Carlos Lessa (2003-2004) e Eleazar de Carvalho (2002-2003), além
do atual vice-presidente, Wagner Bittencourt, e dos diretores Roberto Zurli
(Infraestrutura e Insumos Básicos), Luciene Machado (Internacional) e João
Carlos Ferraz (Planejamento e Pesquisa). Rocha pedirá cópia de documentos
relativos às operações do BNDES no período investigado pela CPI e fará
diligências para ouvir tomadores de crédito do Banco, como dirigentes de
empresas no Brasil e no exterior, e outras com dirigentes e empregados do
próprio banco e de empresas de auditoria que avaliaram operações da instituição