Doleiro tem dado respostas curtas e invocado liminar em habeas corpus
que o permite ficar em silêncio
O doleiro
Alberto Youssef afirma que em breve, graças à fala de um réu colaborador, a
verdade sobre o suposto repasse de R$ 2 milhões para a campanha de Dilma
Rousseff em 2010 será revelada. De acordo com Youssef, esse colaborador tem
contribuído para esclarecer a questão. A fala foi dada no início da sessão de
acareação realizada na CPI do Petrobras nesta terça-feira, na Câmara dos
Deputados, entre o doleiro e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo
Roberto Costa. Costa confirmou que o repasse de
R$ 2 milhões teria sido feito para a campanha de Dilma. “Ratifico meus 126
depoimentos anteriores. Autorizei repassar os R$ 2 milhões para a campanha de
2010 (de Dilma)”, diz Costa. Youssef, que obteve uma liminar em habeas corpus,
deferido pelo ministro Teori Zavascki, e tem sido lacônico em suas respostas,
optando majoritariamente pelo silêncio. Nesse caso, entretanto, Youssef
resolveu falar.
“Ratifico meus depoimentos. Vou
me reservar ao silêncio nesse assunto porque existe uma investigação sobre esse
assunto do Palocci, que logo será revelada e será esclarecido o assunto. Tem um
outro colaborador que está falando. Não fiz esse repasse e assim que essa
colaboração for noticiado vocês saberão quem pediu o recurso e quem repassou o
recurso”, afirma o doleiro. “Com respeito ao Palocci, confirmo minhas
declarações feitas anteriormente. Não conheço o Palocci e ninguém fez nenhum
pedido a mim para arrebanhar recursos para a campanha de Dilma em 2010”, diz
Youssef, numa referência ao ex-ministro Antonio Palocci, que atuou como
tesoureiro da campanha de Dilma em 2010.