Dos 39
deputados federais da Bahia, 12 são investigados no Supremo Tribunal Federal
(STF). Esses legisladores são suspeitos de praticarem improbidade
administrativa, lavagem de dinheiro, peculato, crimes eleitorais e falsidade
ideológica.
Dentre
os baianos, o deputado Roberto Brito (PP) é um dos investigados pela Operação
Lava Jato. O doleiro Alberto Yousseff disse que Brito recebeu de R$ 30 mil a R$
150 mil da cota do PP. O parlamentar responde a processo também por crimes
eleitorais. Segundo levantamento feito pelo Congresso em Foco, além de
Brito, Afonso Florence (PT), Arthur Oliveira Maia (SD), Bacelar (PTN), Benito
Gama (PTB), Caetano (PT), Fernando Torres (PSD), Felix Mendonça Junior (PTN),
João Carlos Bacelar (PR), Paulo Magalhães (PSD), Ronaldo Carletto (PP) e Valmir
Assunção (PT) têm alguma pendência criminal no Supremo. Por terem foro
por prerrogativa de função (direito concedido a parlamentares, presidente da
República, ministros, juízes e membros do Ministério Público) , esses
legisladores são investigados e julgados pelo STF.
Veja
quais são os motivos dos outros 11 deputados baianos terem pendência criminal
no STF:
Afonso Florence (PT): o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário é investigado no
Inquérito 3474 por improbidade administrativa.
Arthur Maia (PSD): o líder do Solidariedade na Câmara responde, juntamente com o
deputado Bacelar (PTN-BA), ao Inquérito 3934 por lavagem de dinheiro e
peculato.
Bacelar (PTN): o líder do PTN responde, juntamente com o deputado Arthur Oliveira
Maia (SD-BA), ao Inquérito 3934 por crimes de lavagem de dinheiro e peculato.
Benito Gama (PTB): o vice-presidente nacional do PTB é réu na Ação Penal 920 por
crimes eleitorais. A suspeita é de que acusou, de maneira indevida, um
candidato à prefeitura do município Ituaçu (BA) de praticar atos criminosos.
“Aguardo o arquivamento, pois o processo prescreveu”, afirma o congressista.
Luiz Caetano (PT): o ex-prefeito de Camaçari é investigado no Inquérito 3956 por
crimes de responsabilidade. O Ministério Público Federal apura se Caetano
desviou quantia milionária de recursos públicos do Fundeb, entre 2009 e 2013,
mediante simulação de obras em escolas públicas do município.
Félix Mendonça Júnior (PDT): investigado no Inquérito 3756 (crimes previstos na legislação
extravagante, que ferem a Lei das Licitações ou eleitorais). Segundo o
parlamentar, o procurador-geral da República requereu o arquivamento do
inquérito, por esse não constituir infração penal. Contudo, de acordo com
informações do site do STF, o inquérito está aguardando a decisão do relator.
Fernando Torres (PSD): foi apontado em dois inquéritos (3787 e 3784) por crimes de
lavagem de dinheiro. Ainda é réu na Ação Penal 934 por crimes contra a ordem
econômica, instaurada para apurar suposta prática de crime de revenda de
combustível líquido em desacordo com a legislação.
João Carlos Bacelar (PR): investigado em três inquéritos (3701, 3704 e 4026) por peculato,
falsidade ideológica e crimes eleitorais.
Paulo Magalhães (PSD): réu na Ação Penal 896 por crimes eleitorais e investigado no
inquérito 3732 por tráfico de influência. “A ação penal será arquivada pelo
STF, assim como o inquérito deverá ser arquivado pelo MP”, disse o congressista.
Ronaldo Carletto (PP): investigado nos inquéritos 4063 e 3934 por crimes contra o sistema
financeiro, peculato e lavagem de dinheiro.