Com as
investigações da Operação Lava Jato apertando o cerco ao ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, o PSDB tenta viabilizar a criação de uma CPI para apurar
irregularidades envolvendo a Bancoop (Cooperativa Habitacional do Sindicato dos
Bancários). Deputados discutem com os correligionários do Senado a
possibilidade de formar uma comissão mista de investigação, mas, caso a ideia
não prospere, contentam-se com um colegiado apenas na Câmara.
Dentre as
principais estratégias da oposição a Dilma Rousseff e ao PT neste ano está a
criação de CPIs com potencial de desgastar o partido e a presidente. Até março,
devem ser abertas três vagas de CPI na Câmara. A primeira a ser instalada deve
ser a do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a segunda será a
da Fifa e a terceira, por ordem de inscrição, seria do DPVAT, que pode ser
derrubada para dar lugar a uma CPI que mire a Bancoop.
O alvo da CPI,
por trás da cooperativa, seria o ex-presidente Lula e o ex-tesoureiro do PT
João Vaccari Neto, que está preso em Curitiba por causa da Operação Lava Jato e
foi presidente da Bancoop. mulher do ex-presidente Lula, Marisa Letícia,
comprou cotas da cooperativa para o condomínio Solaris, no Guarujá (SP),
empreendimento que foi assumido pela empreiteira OAS, investigada pela Lava
Jato, após a falência da Bancoop.
Segundo a defesa
de Lula, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foi quem teve a iniciativa de
fazer a reforma em um tríplex que caberia ao casal Lula da Silva. Porém, ainda
conforme a assessoria, o petista nunca soube dos valores da obra. Em nota, a
assessoria também confirmou que Lula chegou a visitar o condomínio Solaris
junto com Léo Pinheiro.