Exercícios hipopressivos trabalham com a musculatura profunda
Modelos e
celebridades têm popularizado os chamados abdominais hipopressivos, um tipo de
exercício de contração do abdômen baseado na pressão e tensão que, até certo
ponto, pode substituir os exercícios abdominais tradicionais. Juan Francisco
Marco, professor do centro de ciência esportiva Alto Rendimento, na Espanha,
afirma que a chave para o sucesso com esses exercícios é saber qual é o
objetivo. A técnica é usada por algumas mulheres depois de dar à luz, mas as
vantagens deste tipo de abdominal não são exclusivas para as modelos e nem
apenas para as mulheres que acabaram de ter um filho. O exercício pode
beneficiar a maioria das pessoas. "A teoria do exercício hipopressivo é
que é um treinamento baseado principalmente na contração isométrica da
musculatura profunda abdominal, em que há tensão muscular mas não há
movimento", disse o preparador físico espanhol. "O que se consegue é
a redução da cintura e a tonificação do abdômen profundo."
Postura.- Marco
destaca que o fato de manter o abdômen bem contraído já pode ser considerado
como um exercício hipopressivo, já que simplesmente o objetivo é ativar a
musculatura profunda abdominal e abrir a caixa torácica. "Depende muito da
respiração e uma de suas características principais é a apneia (prender a
respiração)."
Com os exercícios hipopressivos é possível
controlar a respiração e contrair o abdome em posturas parecidas com as da ioga
Por ser
um exercício baseado nas posturas é muito importante ter consciência de como se
consegue a ativação dos músculos, com orientação para cada uma das posturas do
corpo. "Se
é feito sem orientação e de forma descontrolada pode chegar a provocar outras
patologias de origem mecânica", disse o professor. Os abdominais
hipopressivos não são recomendados para mulheres grávidas nem para as pessoas
com pressão arterial elevada já que, ao prender a respiração, a pressão
sanguínea aumenta. Mas os benefícios deste exercício são muito recomendados
para o período pós-parto, já que, depois de dar à luz, as mulheres sofrem com a
fragilização da musculatura profunda do abdômen. "Trabalhando esta parte
do corpo, consegue-se reafirmar tudo o que é o cinturão pélvico, ativando
também a musculatura lateral, os oblíquos, a zona lombar", acrescentou
Marco. Também diminui o contorno da cintura e aumenta a musculatura."